21 novembro 2009

Alvorada

a televisão diz que vai chover. não há comida nas panelas, mas há louça suja. o tempo lá fora soa nórdico e o que ocorre está velado - mas desta vez estou disposta a alimentar os bichos.



tenho em meu peito a aurora das sensações.




não há caminho.......



nem pessoas, nem almas



nem placas


não há nada além do terror banal


enquanto estoura no asfalto o calor do mundo.




vão dizer o quê?


que o universo está sem alma. que existe, hoje em dia, somente a carne. já seca e já velha. a carne que não reage.



digam.



DIGAM!



pois sou ainda a cores
frente ao meu singelo background branco.


e o pattern que escolho é o conjunto de cicatrizes que, com amor, colecionei.


classicamente. à moda antiga.








necessária.
suficiente.
mãe das situações.




hoje, contesto: falho?



falto?




tomo um longo banho. canto alguma coisa sem sentido no inglês que sei. me deito ainda com fome. e dormindo espero a alvorada.

Um comentário:

Anônimo disse...

ah garotinha...

essas palavras continuam fortes hein.