17 fevereiro 2010

enquanto é noite e somos jovens

o que consome são paulo é o gosto quente dos homens; são os motoboys pilotando, enfurecidos, suas máquinas desenfreadas. o que alimenta são paulo é o pudor cravado no peito de todas as mulheres, é o background monocromático que tecemos (eu, você e o resto) com nossas cervejas, com nossas conversas entrecortadas, nossos desejos cocaínicos, nosso paladar de gato: chamo essa ousadia de despudor. e trago, meu amigo, neste devaneio noctívago escrito num guardanapo qualquer, meu repudiável ar de quem sabe o que diz - brindemos -, minha mente embriagada, cheia de flashs; minha rebeldia de fêmea, meu bem-estar silencioso. tin tin.



(julho, 2008)


cá pensando que beber, eu bebo hoje. em 2008 eu era doutras vibrações.