21 abril 2009

alguns sentimentos são detestavelmente ambíguos (a palavra 'sentimento' me causa verdadeira náusea). não desejo pensar em nenhum deles. nem agora nem daqui uns dias. nem nunca. a real é que me falta saco pra corda bamba. envelheço e realizo que a busca por estabilidade mental torna-se inerente ao corpo. é preciso calcular o dinheiro até o fim do mês, planejar horas de sono, calcular o nível de inspiração, colher margaridas que nascem do ralo, pesquisar a nova regra ortográfica. todo e qualquer espaço a cada 60 minutos torna-se um pedaço furta-cor de vida orgânica.


eu quero um descanso
um recesso
um leito num soneto.




foi mandando um recado à pazmentalidade; posso queimar um cigarro antes do sono. aquele sono onde se dorme e se descansa e se acomoda devagar, em ronronos, tal qual um filhote ao peito da mãe.

04 abril 2009

meu efeito é regado de viagens.



e que o refluxo me mostre as melhores cores.. nas melhores tonalidades.. com os mais enlouquecidos timbres.. no melhor tempo/compasso... pois não há nada que sugue minha mente a ponto de me esclerosar as faculdades mentais. eu possuo, em algum lugar, consciência e dna. quero fagocitar os medos silenciosos.. sempre tão impertinentemente soturnos.


te extraño...


sair trançando as pernas é pouco. referências? daria milhões. sexo? meteria por horas ininterruptas. a questão é que o momento pede resoluções mínimas. e não há cobranças, não há desentendimentos. por quê?


porque eu beijaria teus pés...



"as paredes do meu quarto vão assistir comigo..."