faço poesia mixuruca
poesia sem sal
sem apelo comercial
faço poesia chorada
chata
e totalmente pessoal
faço poesia
como quem caga
no próprio pé
faço poesia
no papel
wi-fi
3g
como
quisé
18 abril 2011
16 abril 2011
na raíz dos dias
10 abril 2011
para o rei torquato
sou
um mar
uma flor
um algo
um arroz
no arrozal
um milho
no milharal
um milho
numa panela
de ex-milhos
que viraram pipoca
sou
atroz
algoz
sou
um vibratinho safado
e sem fôlego
sou
uma nota de um real
uma caca de nariz no papel higiênico
sou sem classe
classe baixa
sou o passe
de um jogador
desvalorizado
dum time
do interior
sou
os últimos centavos do bilhete único
sou
o sono do cobrador que dorme manso
sou qualquer coisa simples
que todos adoram
sou uma complicação irremediável
uma enfant terrible
sou a ganância dos ricos
sou o luxo dos pobres
sou a carne mais cara do açougue
sou o jornal que enrola o peixe dentro do lixo
e que forra a gaiola do triste passarinho
que não canta mais
sou a filha do jornaleiro que abre a banca logo cedo
sou o chorume da sacola
a marca de batom na camisa do homem infiel
telefone que não toca
sou o gilete que empipoca a pele
o cigarro entre os dedos da manicure que observa o passar dos carros
sou o asfalto recém recapeado
sou triste
gestante
vegetariana
budista
marxista
evangélica
negra
menina
avó
modelo-atriz-apresentadora
sou ex-bbb
sou do norte e do sul
sou assim
pele e epiderme
tenho soluços e soluções
sou assim sou assado
a galinha e o grão
sou o mundo e sou sozinha
salsicha, molho e pão
um mar
uma flor
um algo
um arroz
no arrozal
um milho
no milharal
um milho
numa panela
de ex-milhos
que viraram pipoca
sou
atroz
algoz
sou
um vibratinho safado
e sem fôlego
sou
uma nota de um real
uma caca de nariz no papel higiênico
sou sem classe
classe baixa
sou o passe
de um jogador
desvalorizado
dum time
do interior
sou
os últimos centavos do bilhete único
sou
o sono do cobrador que dorme manso
sou qualquer coisa simples
que todos adoram
sou uma complicação irremediável
uma enfant terrible
sou a ganância dos ricos
sou o luxo dos pobres
sou a carne mais cara do açougue
sou o jornal que enrola o peixe dentro do lixo
e que forra a gaiola do triste passarinho
que não canta mais
sou a filha do jornaleiro que abre a banca logo cedo
sou o chorume da sacola
a marca de batom na camisa do homem infiel
telefone que não toca
sou o gilete que empipoca a pele
o cigarro entre os dedos da manicure que observa o passar dos carros
sou o asfalto recém recapeado
sou triste
gestante
vegetariana
budista
marxista
evangélica
negra
menina
avó
modelo-atriz-apresentadora
sou ex-bbb
sou do norte e do sul
sou assim
pele e epiderme
tenho soluços e soluções
sou assim sou assado
a galinha e o grão
sou o mundo e sou sozinha
salsicha, molho e pão
04 abril 2011
nervosidades
pouca paciência
presse blues chato
presse alvoroço
presse blablabla desnecessário
a tênue linha entre o elo cagado
e o passar de rímel
um banho frio
uma hecatombe
no rio
março, fev-janeiro
faz sol
faz frio
um copo de fanta
que o pau levanta
um corpo que canta
e a nau garganta
na teoria
da padaria
da cocomunicação
e aristóteles
e essa guitarrinha safada
tremendo
e agora
(ahhh - suspira)
não sou sonny boy williamson
mas o serei
and i'm gonna leave your bad luck town, inez
oh yes i love her sure i do
curto rimas curtas
curto
não-rimas
não
curtos
ques
curtas
parafuso
semente
coconut
salitre
náusea
epiderme
cocô
e hoje o marlboro light aumentou.
ode-do-mal às detestáveis instituições bancárias
e à porra da maldita indústria do cigarro
essé a poesia de quem chega em casa e tem coisas a fazer pela madrugada
presse blues chato
presse alvoroço
presse blablabla desnecessário
a tênue linha entre o elo cagado
e o passar de rímel
um banho frio
uma hecatombe
no rio
março, fev-janeiro
faz sol
faz frio
um copo de fanta
que o pau levanta
um corpo que canta
e a nau garganta
na teoria
da padaria
da cocomunicação
e aristóteles
e essa guitarrinha safada
tremendo
e agora
(ahhh - suspira)
não sou sonny boy williamson
mas o serei
and i'm gonna leave your bad luck town, inez
oh yes i love her sure i do
curto rimas curtas
curto
não-rimas
não
curtos
ques
curtas
parafuso
semente
coconut
salitre
náusea
epiderme
cocô
e hoje o marlboro light aumentou.
ode-do-mal às detestáveis instituições bancárias
e à porra da maldita indústria do cigarro
essé a poesia de quem chega em casa e tem coisas a fazer pela madrugada
Assinar:
Postagens (Atom)